sexta-feira, 10 de abril de 2009

POR FAVOR, NÃO SOU LOUCO!

Quem nunca sentiu a extrema necessidade de sair “caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento, no sol de quase dezembro?” Existe sempre uma vontade, às vezes espontânea, de sentir-se livre. A liberdade, em alguns momentos – principalmente quando se é jovem demais –, é vista sob a ótica daqueles desapegados de compromissos com outras pessoas. Todavia, com o passar do tempo, percebemos que a liberdade é muito mais um estado de espírito que a ausência de uma outra pessoa. O ser humano, por natureza, necessita de carinho, amizade, amor e segurança. E estar livre é gozar das características humanas em sua, ao menos, quase totalidade. Pouco tem haver o fato de estar com compromissos, ou não. Na verdade, o que vale é estar bem consigo mesmo. Mário Quintana já dizia que para atrair as borboletas era necessário somente cuidar do seu próprio jardim. Quando se está bem espiritualmente se está pronto para os sentimentos mais humanos. A capacidade de estar disponível para o amor quando se está realmente disponível é extraordinária. Os que não conseguem sentir no coração sentimentos que não sejam raiva, mágoa, fobia de sentir, desespero, angústia, desesperança etc, são pessoas incompletas. Precisamos aproveitar as melhores coisas da nossa juventude. Juventude esta que nem sempre irradia em quem tem pouca idade. Precisamos ver o companheiro como uma pessoa que, realmente, possa amar de verdade (ainda que no futuro longínquo) e que possa ser fiel. Fidelidade não da carne, mas da confiança e amizade depositada nos sentimentos inesgotáveis. Sentir a amizade apertar o coração, a confiança evidenciar formas e o medo de dizer coisas bonitas por não querer estragar tudo, é comovente. E você, leitor, pode até achar que sou um louco, mas tudo que eu sempre quis foi “Depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar. O que é que a vida fez na nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?”

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