sexta-feira, 10 de abril de 2009

Não agüentei e desatei em lágrimas em frente da mulher da minha vida. A partir do momento que comecei a chorar, não conseguia dizer mais nada. Não sabia onde enfiar minha cara, mãos e pensamento. E por essa carência e insegurança que nos abraçamos e choramos por muito tempo. Heloísa pediu-me que não a abandonasse, que continuasse gostando dela e que a esperasse. Apesar de amar aquela menina, neguei correspondê-la à distância. O que eu sentia não podia esperar. Precisava viver tudo aquilo que os amantes das novelas viviam. Não poderia esperar o que, de repente, não existisse dois dias depois. Contudo, Heloísa parecia não compreender minha posição e acusava-me de egoísta e de não ser amigo de verdade. De fato, era egoísta sim. Não conseguiria estar ao seu lado sem poder tocá-la, respirá-la, admirá-la. Lembro-me bem que senti-me o homem mais tolo, bobo e enganado. O que eu gostaria, na verdade, era de estar acima de tudo que estava acontecendo, sem sofrimentos. Entretanto, não conseguia mais imaginar meu futuro sem a menina ruiva que mexia comigo, o que fazia-me sentir cada vez mais o quando estava saindo fragilizado daquela relação.

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